RN tem 31 municípios com riscos de desastres como deslizamentos de terra e inundações

No Rio Grande do Norte, são 31 municípios que correm os riscos de tragédias ambientais, entre eles Natal, Parnamirim, Mossoró e São Gonçalo do Amarante.

29 de maio de 2024

Reprodução

No Brasil, 1.942 municípios de todas as regiões estão sujeitos a desastres associados a deslizamentos de terras, alagamentos, enxurradas e inundações, de acordo com um estudo feito pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, do Governo Federal. No Rio Grande do Norte, são 31 municípios que correm os riscos de tragédias ambientais, entre eles Natal, Parnamirim, Mossoró e São Gonçalo do Amarante.

Os municípios potiguares que têm riscos de enxurradas e inundações são Carnaubais, Ceará-Mirim, Felipe Guerra, Goianinha, Ipanguaçu, Jandaíra, Jardim de Piranhas, João Câmara, Jucurutu, Luís Gomes, Macaíba, Macau, Nísia Floresta, Nova Cruz, Patu, Pendências, Porto do Mangue, Santa Maria, São Gonçalo do Amarante, Touros, Várzea e Venha-Ver. Já as cidades de Mossoró, Natal, Parnamirim e Tibau do Sul correm risco de deslizamento, além de ocorrências como enxurradas e inundações.

O meteorologista da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn) Gilmar Bistrot explicou ao AGORA RN que o principal fator que define o acontecimento de desastres climáticos e ambientais são as chuvas, ainda que as condições sejam provocadas por ação humana.

Bistrot informou, ainda, que fenômenos que ocorrem nos oceanos influenciam na intensidade de chuvas, as quais interferem diretamente nos episódios de desastres ambientais.

“Quando se trata do RN, a gente tem períodos específicos e determinados de chuvas. As chuvas mais intensas com potencial de inundação de desastres ambientais [são influenciadas] pela condição dos oceanos, quando se tem El Niño no Oceano Pacífico diminui a condição de chuvas aqui no Nordeste porque é uma mudança na circulação dos ventos e favorece a condições de chuvas mais para região sul, central do país, da América do Sul. Quando se tem a La Niña, que são águas mais frias, tem uma circulação mais acentuada sobre o Nordeste com um transporte maior de umidade e a atuação dos sistemas com mais intensidade, podendo assim até condições de chuvas acima do normal”, afirmou o meteorologista.

A ambientalista Vânia Alberton explica que, para além dos fenômenos relacionados à chuva, o desmatamento pode influenciar na gravidade dos desastres ambientais. “A vegetação, na verdade, ‘segura’ [a água]. Além disso, desmatar deixa uma terra mais suscetível à erosão. As florestas e as árvores resfriam o ambiente, então diminui a temperatura naquelas regiões onde tem essas quantidades de mata maior”, explicou.

Ela também cita que a Caatinga, um dos principais biomas presente no território potiguar, sofre devastação com frequência. “Tem uma época do ano em que a caatinga fica mais seca, mas é o normal dela, só que quando dá uma pequena chuva, você verifica que ela se transforma, porque é próprio do bioma. Só que devastando ele, cortando as árvores e não plantando, é prejudicial para o ambiente”, completa.

Info: Agora RN

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