Operação prende influenciadores nordestinos que divulgam jogo do tigrinho: ‘Forma de iludir os seguidores’

Com o dinheiro que os influenciadores recebiam de um grupo chinês, eles ostentavam uma vida de luxo nas redes sociais.

21 de março de 2025

Reprodução

Uma operação policial realizada na manhã desta quinta-feira (20) prendeu três influenciadores digitais suspeitos de divulgar jogos de azar. Eles foram presos em Juazeiro do Norte, no Cariri cearense. A ação ocorreu no Ceará, Maranhão, Bahia e em Minas Gerais. Um veículo foi apreendido, além de itens de luxo, como joias.

O advogado que representa a defesa de Milena Peixoto e de Janisson Moura afirmou que aguarda a audiência de custódia para comentar o caso. Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Ceará, o objetivo é desarticular uma “associação criminosa de influenciadores digitais” suspeitos de crimes como estelionato, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.

Conforme apuração da TV Verdes Mares, os alvos da operação são cooptados por criminosos chineses, que prometem grandes valores em dinheiro pela divulgação dos jogos de azar, como o jogo do tigrinho (Fortune Tiger).

O game é um caça-níquel para celulares e para jogá-lo é preciso entrar em uma casa de aposta (as chamadas “bets”) que o ofereça. No Brasil, a plataforma era ilegal até dezembro de 2023, porque jogos de caça-níquel eram proibidos. Os jogos em máquinas de caça-níquel em máquina seguem proibidos por lei, mas os jogos de caça-níquel para celular foram liberados pela lei 14.790 de dezembro de 2023.

Conforme o delegado Geovane Morais, que coordena a operação, os influenciadores usam uma conta “demo” programada para apresentar resultados vitoriosos no jogo de cassino. Os influenciadores usam esse perfil único para fingir que é possível ganhar dinheiro facilmente com as apostas.

No longo prazo, os jogadores sempre sairão perdendo. Isso acontece com todos os caça-níqueis, sejam eles de celular ou em cassinos de verdade. As promessas de influenciadores que aparecem na internet de ganho sustentável são falsas.

Com o dinheiro que os influenciadores recebiam de um grupo chinês, eles ostentavam uma vida de luxo nas redes sociais.

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