Os dez aeroportos regionais estaduais do Ceará foram implantados em regiões estratégicas para estimular o desenvolvimento econômico e o turismo do estado.
Com o objetivo de desenvolver a aviação regional e de integrar os aeroportos do Ceará a outros destinos dentro e fora do território brasileiro, o Governo do Ceará e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) firmaram contrato que coloca a administração e operação dos dez aeroportos regionais sob a expertise do ente federal. A assinatura do contrato, válido por cinco anos, foi formalizada na tarde desta quarta-feira (23), no Palácio da Abolição, pela vice-governadora Jade Romero, o superintendente de Obras Públicas do Ceará, Quintino Vieira, e o presidente da Infraero, Rogério Barzellay.
Assim, a partir da formalização, a Infraero assume todos os serviços referentes ao funcionamento dos equipamentos estaduais, desde a gestão administrativa e operacional, incluindo manutenção da infraestrutura e segurança operacional e aeroportuária, dos aeroportos de Aracati, Jericoacoara, Sobral, São Benedito, Iguatu, Crateús, Campos Sales, Camocim, Quixadá e Tauá.
A empresa federal será remunerada a partir das arrecadações tarifárias e comerciais dos aeroportos. O prazo contratual para prestação dos serviços é de 60 meses e representa ao Tesouro Estadual uma economia estimada de até R$ 22 milhões anuais.
“As tratativas do Governo do Estado junto ao Governo Federal, por meio do Ministério dos Portos e Aeroportos, começaram há cerca de dois meses. Isso faz parte da iniciativa que visa a ampliação, interligação e modernização dos aeroportos regionais. Aqui no Ceará teremos dez equipamentos geridos pela Infraero, que tem toda a expertise para dar eficiência, melhorar as condições e ampliar a oferta tanto para o turismo quanto para os negócios”, ressalta a vice-governadora Jade Romero.
Segundo o presidente da Infraero, Rogério Barzellay, a parceria com os estados dedicada aos aeroportos regionais é reflexo de uma nova diretriz da instituição. “Estamos partindo para administrar, melhorar, implantar e manter aeroportos de menor porte, fazendo adaptações e melhorias, para que esses equipamentos possam integrar a malha aérea brasileira. É um programa para que a população brasileira não precise andar mais do que duas horas de carro para ter acesso a um aeródromo”, conclui.
As negociações foram encabeçadas pela Superintendência de Obras Públicas (SOP), responsável pela administração dos equipamentos. Desde então, os dez aeroportos vinham passando por vistorias técnicas para o fechamento do contrato.
“Além da expertise em tudo que se refere a gestão e operação, queremos trabalhar junto à Infraero para investir e modernizar os terminais do estado, ampliando oferta de voos, recebendo novas companhias e fortalecendo o relacionamento com as que já operam aqui. Essa parceria representa um salto para os nossos aeroportos, que têm muito potencial, em especial os de Jericoacoara, Aracati e Sobral”, ressalta Quintino Vieira.
Os dez aeroportos regionais estaduais do Ceará foram implantados em regiões estratégicas para estimular o desenvolvimento econômico e o turismo do estado. De janeiro a dezembro de 2022, um total de 328.157 pessoas embarcaram e/ou desembarcaram nos equipamentos. Isso representa um crescimento de 97,66% na comparação com 2021, que teve 166.016 movimentos de embarque/desembarque.
O Aeroporto de Jericoacoara é o terminal de maior fluxo, com uma média de 312.353 passageiros por ano, seguido pelo aeroporto de Canoa Quebrada (Aracati), com 3.304 passageiros.
Nos primeiros sete meses de 2023, a SOP registra um fluxo de 146.697 passageiros, entre embarques e desembarques, de voos da aviação regular e aviação geral nos dez equipamentos.