Equipe econômica quer acabar com o Perse, programa criado na pandemia. No entanto, ministro da Fazenda se comprometeu a elaborar outras medidas, e enviá-las como projeto de lei.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (5) que o governo vai elaborar um novo programa para o setor de eventos, por meio de projeto de lei. Com isso, o governo recua da intenção de encerrar a ajuda ao setor.
Segundo Haddad, a proposta, que será encaminhada com urgência constitucional, substituirá o atual Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O governo buscou acabar com o Perse por meio de medida provisória. Mas a medida não foi bem recebida pelo Congresso, que defende a continuação do programa, sob o argumento de que o setor, abalado pela pandemia, precisa de incentivos.
A equipe econômica de Haddad, por sua vez, alega que o Perse custa caro aos cofres públicos e gostaria de contar com os recursos para tentar alcançar a meta de zerar o rombo fiscal neste ano.
Ao lançar um projeto com urgência constitucional (tramita mais rápido no Congresso), o governo reabre a discussão com o Congresso sobre os recursos para o setor de eventos. Com isso, a MP não deverá ser votada e perderá a validade.
Haddad deu a declaração após uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e lideranças da Casa. Haddad começou explicando que não haverá mais mudanças na MP que extinguia o Perse, a não ser a alteração já feita na semana passada, que foi a volta da desoneração da folha de pagamento para empresas.