Apesar das polêmicas acusações, a CPI levará como base um relatório feito pela empresa Sportradar, líder global em tecnologia esportiva, que aponta o Brasil líder do ranking mundial de jogos com suspeitas de manipulação.
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Com as acusações recentes, de manipulações de resultados no Brasil, feitas pelo norte-americano John Textor, CEO do Botafogo, o Senado Federal divulgou, na última terça-feira (2), que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação dos Jogos de Futebol deve ter início ainda neste mês de abril.
Apesar das polêmicas acusações, a CPI levará como base um relatório feito pela empresa Sportradar, líder global em tecnologia esportiva, que aponta o Brasil líder do ranking mundial de jogos com suspeitas de manipulação, em 2023. O levantamento, realizado anualmente, aponta 109 confrontos suspeitos em território brasileiro — todos no futebol.
Em entrevista a Rádio Senado, o senador Jorge Kajuru (PSD-GO), que será o presidente da CPI em questão, disse que o mandatário do Botafogo será um dos primeiros convidados da comissão.
“John Textor falou que tem a gravação de um árbitro cobrando a propina que lhe foi prometida. Só que ele não quer apresentar o áudio. Ele foi convocado pelo STJD e vai tomar uma suspensão de no mínimo 120 dias, onde ele vai ter que sair do Brasil, não poderá assinar mais nada pelo Botafogo, nem comparecer aos estádios, se não apresentar o que ele tem. Ele falou que vai apresentar ao MP (Ministério Público). Vai quando, cara pálida? Tem duas semanas isso já. Ele vai ser também convocado a se explicar e, tomara Deus, ele deu uma pista para nós, que quer apresentar, antes do MP, esse áudio para nós na Comissão. Isso seria ouro”, declarou Kajuru.
Kajuru também falou que o senador Romário (PL-RJ), presidente da Comissão do Esporte no Senado, seria o relator da CPI. Segundo ele, agora, se inicia o prazo para que os líderes dos partidos indiquem quem serão os 11 senadores titulares e os 7 suplentes que irão compor a CPI, que terá 180 dias de duração.