Anistia: urgência teve apoio de 146 deputados de partidos com ministérios

O atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Paulo Azi (União-BA), também foi favorável ao requerimento.

15 de abril de 2025

Reprodução

O requerimento de urgência para o projeto de lei que anistia condenados pelos atos de 8 de janeiro foi protocolado nesta segunda-feira (14) com apoio de cinco partidos do centrão que têm cargos na Esplanada dos Ministérios. Esse grupo soma 146 deputados.

Dentre as assinaturas, 40 são do União Brasil; 35 do PP; 28 do Republicanos; 23 do PSD; e 20 do MDB. Proporcionalmente, os partidos que mais deram apoio em relação ao total de seus integrantes foram o PP (72,92% da bancada) e o União Brasil (67,8%).

A lista de apoio conta com nomes que já tiveram relatorias de propostas prioritárias para o governo, como o deputado Cláudio Cajado (PP-BA), relator do projeto sobre o arcabouço fiscal, e o deputado Danilo Forte (União-CE), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 (LDO).

O atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Paulo Azi (União-BA), também foi favorável ao requerimento. O colegiado é o mais importante da Casa e por onde devem passar propostas prioritárias para o governo.

Entre os signatários, está o líder do PP na Câmara, Luizinho (RJ), que viajou com o presidente da República para a Ásia em março.

Também assinaram o requerimento o deputado Moses Rodrigues (União-CE), que chegou a ser cotado para assumir o Ministério das Comunicações, e a presidente do Podemos, Renata Abreu (SP). O partido presidido por Renata tem o comando do Grupo Executivo de Assistência Patronal (Geap).

Base inconsistente

Apesar de ter diversos partidos do centrão ocupando ministérios, o governo Lula tem uma base inconsistente na Câmara dos Deputados. Desde o início do terceiro mandato do presidente, as bancadas não apresentam unidade nas votações prioritárias para o governo.

Partidos de centro com cadeiras na Esplanada costumam dar apoio ao governo nas votações de pautas econômicas, mas não repetem a fidelidade em demais pautas.

Na última semana, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), criticou o fato de deputados ligados a partidos com representação na Esplanada assinarem o requerimento.

“Acho que tem que haver uma ordem unida. Esse é um bom momento para perguntar: quem é que quer ficar aqui do nosso lado? Porque se a pessoa assina um projeto desse, com certeza não quer ficar aqui desse lado”, disse Lindbergh.

Info: CNN

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