Alckmin diz que Brasil está livre da febre aftosa e não precisará mais vacinar rebanhos

Declaração foi dada nesta quinta-feira (2) no Palácio do Planalto, em Brasília. Mais cedo, uma portaria reconhecendo a situação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Dessa forma, a imunização do rebanhos fica suspensa em todas as unidades da federação.

2 de maio de 2024

Foto: reprodução

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, anunciou nesta quinta-feira (2), que o Brasil está livre da febre aftosa e que não há mais a necessidade de vacinação dos rebanhos contra a doença.

O pronunciamento foi feito no Palácio do Planalto, em Brasília. Mais cedo, uma portaria foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) reconhecendo a situação.

“Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou de ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, que é um estágio extremamente elevado em sanidade animal e de boa defesa agropecuária”, afirmou Alckmin.

Dessa forma, a imunização dos rebanhos foi suspensa em todas as unidades da federação.

Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária antecipou a última campanha de imunização nos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte — que ainda não tinham o reconhecimento do fim da doença.

A expectativa agora é conseguir antecipar o reconhecimento internacional dessas áreas, o que pode facilitar aberturas de mercados. A meta do Brasil é ser reconhecido internacionalmente totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.

O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, afirmou que, em agosto, o Ministério deve enviar os resultados da suspensão da vacinação no Brasil para a Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) e que há a expectativa de conclusão da auditoria do órgão até maio de 2025.

“Este talvez seja o desafio mais difícil que o Brasil tomou em décadas”, afirmou o secretário Goulart.

Já o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que, com o reconhecimento, o Brasil poderá entrar em “um patamar antes não acessado” e vender para Japão e Coreia do Sul.

“É o início de um processo que o Brasil troca de patamar, num grupo de elite sanitária mundial, que é muito mais difícil de se manter nessa elite. Pela lógica, você retirando a vacina nós ficamos mais vulneráveis, mas com dedicação nós vamos atingir mercados muito exigentes”, afirmou Fávaro.

O ministro também argumentou que novas oportunidades comerciais também irão surgir. Mas, que, para isso, será necessário um esforço maior por parte dos estados, dos municípios e dos pecuaristas.

Outro ponto levantado por Fávaro foi a necessidade de uma mudança no padrão na fiscalização e nas atitudes sanitárias.

Info: G1

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