Desemprego cai para 7,5% no Ceará, o menor nível em dez anos

No segundo trimestre de 2024, a taxa de desocupação no Ceará registrou queda e chegou a 7,5%, o menor nível desde o quarto trimestre de 2014 (6,7%).

19 de agosto de 2024

Reprodução

No segundo trimestre de 2024, a taxa de desocupação no Ceará registrou queda e chegou a 7,5%, o menor nível desde o quarto trimestre de 2014 (6,7%). Essa redução representa um decréscimo de 1,2 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior (janeiro a março de 2024) e de 1,1 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023, quando a taxa também estava em 8,6%.

No primeiro trimestre do ano, a taxa observada foi de 8,6%. Em Fortaleza, a taxa de desocupação está em 8,1%. No Nordeste, os maiores avanços foram observados nos estados da Bahia (11,1%) e Pernambuco (11,5%). Maranhão (7,3%), Piauí (7,6%), Alagoas (8,1%), Paraíba (8,6%), Sergipe (9,1%) e Rio Grande do Norte (9,1%) também tiveram redução. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, divulgada nessa quinta-feira (15/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A população desocupada no estado, que atualmente soma 293 mil pessoas, registrou uma redução de 13,4% em relação ao trimestre anterior, com 45 mil pessoas a menos em busca de trabalho. No comparativo anual, o recuo foi de 13,1%, o que significa 44 mil pessoas a menos no contingente de desocupados.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho, que mede o percentual de pessoas que gostariam de trabalhar mais horas ou que estão disponíveis para trabalhar mas não encontram emprego, permaneceu praticamente estável em 23,4% no segundo trimestre de 2024, uma ligeira queda de 0,1 ponto percentual em comparação com o trimestre anterior.

Em relação ao mesmo período de 2023, houve uma redução de 1,2 ponto percentual, quando a taxa estava em 24,6%. A população subutilizada, que engloba cerca de 1 milhão de pessoas, também não apresentou variações significativas.

Outro indicador que permaneceu estável foi a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas, totalizando 292 mil pessoas. O número de pessoas fora da força de trabalho, que corresponde a 3,7 milhões, e a população desalentada, que não variou significativamente no trimestre, também se mantiveram estáveis. Entretanto, em relação ao ano passado, o número de desalentados recuou 14,2%, uma redução de 44 mil pessoas.

Formalidade
No mercado de trabalho formal, o número de empregados com carteira assinada no setor privado se manteve estável (906 mil trabalhadores). O mesmo foi observado entre os trabalhadores sem carteira assinada, com 750 mil pessoas, e entre os trabalhadores por conta própria, que somam 1 milhão. No setor público, o número de empregados também se manteve estável, totalizando 539 mil pessoas.

A taxa de informalidade, que representa 53,0% da população ocupada, continua alta, abrangendo cerca de 1,9 milhão de trabalhadores informais. Apesar disso, o rendimento real habitual dos trabalhadores mostrou sinais de recuperação, atingindo R$ 2.164, um aumento de 7,2% em relação ao trimestre anterior, embora tenha permanecido estável em comparação ao mesmo período de 2023.

“Sabemos que ainda temos muitos desafios, mas vamos continuar trabalhando para superá-los e garantir mais oportunidades de ocupação para o povo cearense. stamos felizes em saber que o nosso trabalho tem trazido a esperança para o cearense, para que ele volte a pressionar o mercado de trabalho e garanta a sua vaga ou mesmo possa empreender com ou sem o apoio das políticas públicas, a exemplo do Ceará Credi”, disse Vladyson Viana, secretário do Trabalho, Vladyson Viana.

Nacional
Na média nacional, a taxa de desocupação recuou a 6,9% no segundo trimestre, após marcar 7,9% nos três meses iniciais de 2024. Com essa taxa, o desemprego no Brasil retornou ao menor patamar da série para o intervalo de abril a junho, repetindo o nível registrado dez anos atrás, em 2014 (6,9%).

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